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Psico Coisas

Saúde Mental | Vida de Solteira | Filmes | Livros | Memes | Já disse saúde mental?

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30 de Dezembro, 2019

Passagem de ano sozinha... E agora?! - Nada temam!

D.M.

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Quem nunca se lembra da Bridget Jones nesta altura de festas? Hein? #JeSuisBridgetJones

 

Este ano decidi fazer a passagem de ano sozinha. Festejei algumas com amigos, a maioria com os meus pais, quando estava lá em casa, por falta de opção. Mas este ano decidi fazer algo diferente e optei por fazê-la sozinha. Sim. Porque escolher ficar sozinha também é uma opção e não há nada de mal nisso!

 

Os convites para passar esta festa com pessoas de quem gosto não vieram. Ficar com os meus pais também não era uma opção, porque só me ia sentir diminuida. Por isso pensei: porque não experimentar ficar sozinha? Fazer o que me apetece, quando me apetece, ver os programas ou as séries ou filmes que me apetecerem, ficar a ler até altas horas ou ir para a cama mais cedo - todas estas opções e outras tantas possíveis são válidas. Por isso, decidi agarrar a minha independência pelos cornos e fazer a passagem para um novo ano, uma nova década, celebrando-me. Celebrando a minha independência, a minha individualidade, honrando as minhas vontades, a minha saúde mental e existindo puramente por e para mim. Por isso, aqui fica o que planeio fazer no dia de 31 de dezembro

 

PLANOS PARA A PASSAGEM DE ANO

 

Em primeiro lugar, planeio comer. Yep. Comer o que me apetecer, por mais processado, cheio de açúcar ou sal que possa ser. Vou encomendar sushi e banquetear-me com chocolates, nachos, refrigerantes e coisas que tais. Há de ser o dia da junk food. Porque um dia não são dias!

 

Depois, vou estar sozinha com a televisão e a Netflix só para mim. Por isso, vou-me pôr a ver filmes como se não houvesse amanhã, ou actualizar séries que me faltam. Aliás, no dia de Natal descobri uma série sobre os Romanov, na Netflix e foi o que fiz a tarde toda - soube-me que nem ginjas! Por isso, uma vez que tenho séries para acabar e outras para começar, é o que planeio fazer.

 

Para além disso, é o dia ideal para me mimar - duche com água a ferver (e é duche porque eu não tenho banheira. Se tivesse, era banho de imersão!), horas passadas com cremes, máscaras, séruns e tudo o que a minha pele tem direito. Vestir uma roupa bem confortável, larga e quente, cabelo meio bagunçado, sem me preocupar se está bem penteado para inglês ver, porque é assim que eu gosto dele. Acender umas velas, um incenso, pôr umas mantas no sofá - dar um ambiente à casa mais aconchegante.

 

Ainda pensei em ler, mas eu tenho uma tradição: começar livros novos no início do ano e não passar um livro do ano velho para o ano novo. É uma mania minha, eu sei. Mas como acabei um livro há uns dias, só vou começar um novo já no ano novo. Quem sabe, posso ficar a ler pela noite dentro um novo livro - afinal estou sozinha e ninguém manda em mim... Ainda relacionado com livros, comprei uma agenda literária e pensei que seria engraçado passar o dia a fazer planos literários para 2020. Comprei-a na Etsy e veio mesmo a tempo do natal! Podem vê-la aqui.

 

Por falar em agendas, este ano decidi adoptar um novo sistema de organização: o Bullet Journal. Como ainda não fiz as páginas para o ano de 2020 e para o mês de Janeiro, planeio passar uma parte do meu dia a fazê-lo. Chega a ser terapêutico e como é um sistema super flexível que responde às necessidades de cada um, faço-o à minha medida. Se quiserem que eu faça um post sobre isto, digam - sou toda ouvidos.

 

Preguiçar. Se nada disto se concretizar, é preguiçar no sofá, ver Netflix e comer porcarias - sem culpa, sem vergonha, sem sentir que estou a perder alguma coisa. Cada vez acredito mais que estamos todos onde deveríamos estar, a passarmos por aquilo que temos de passar, para aprendermos mais sobre nós e os outros. Por isso, se também vocês vão fazer a passagem de ano sozinhos, seja por opção ou não, tentem não entrar num ciclo de auto-comiseração. Abracem essa oportunidade para poderem estar convosco, para reflectir sobre o que passou e o que querem que aí venha. Confiem. Acalmem-se. Está tudo bem se estiverem sozinhos. Ponham-se confortáveis e entrem em 2020 em pleno controlo do momento presente

 

Contem-me nos comentários os vossos planos e se alguma vez já fizeram uma passagem de ano sozinhos. Dicas também se aceitam!

Se não nos virmos antes, ficam aqui os meus sinceros desejos de um feliz 2020!

 

27 de Dezembro, 2019

O melhor de 2019

D.M.

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Como é da praxe, também eu venho aqui partilhar convosco o melhor de 2019. Não foi um ano fácil, mas acho que nenhum é. Convenhamos, já ouviram alguém dizer "este ano correu-me tudo bem!"? Claro que há coisas boas e muito boas, mas também há coisas menos boas, coisas complicadas, difíceis que nos testam e obrigam a crescer, a subir de degrau. E acho importante lembrarmo-nos, quando lemos este tipo de posts, seja em que site/blog for, que aquela pessoa não passou só por aquelas experiências boas e gratificantes. Passou, certamente, por outras também, mas escolhemos sempre focarmo-nos no positivo, porque é aquilo que nos dá alento para mais um ano. Por isso, vamos ao que interessa! Aqui fica aquilo que de melhor quis destacar deste ano que finda.

 

MELHOR LIVRO

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 Este ano voltei  ganhar balanço nas leituras. Costumava ler muito, mas com o doutoramento, se lesse meia dúzia de livros por ano já era muito! Fartei-me de ler para a tese, claro, mas as leituras por prazer foram ficando para trás. No entanto, nestes últimos meses consegui pôr-me a ler outra vez. E das minhas leituras destaco, sem qualquer dúvida, Persépolis de Marjane Satrapi. É uma autobiografia em formato de banda desenhada, que nos conta a história de vida de Marjane, uma rapariga que cresce no Irão durante a Revolução Islâmica, no fim dos anos 70, mas que nem por isso perde a sua essência questionadora no seio de uma família liberal. Adorei, foi a melhor leitura do meu ano!

 

MELHOR FILME

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Este ano não vi muitos filmes e os que vi foram quase todos repetições de filmes que já vi antes. Mas nesta categoria não há grandes dúvidas: Joker foi o grande filme deste ano por todas as razões e mais algumas. Pela narrativa, pela prestação de Phoenix, pelas temáticas abordadas - encheu-me completamente as medidas e não posso deixar de recomendar, se ainda não viram.

 

MELHOR SÉRIE

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Tenho uma catrefada de séries para ver... Mas destaco três: Friends, que andei a rever e que me vão fazendo companhia quando estou sozinha em casa e não sei o que ver; a segunda temporada de The Mindhunter que é muito boa, se bem que gostei muito mais da primeira; e The Last Czars, da Netflix, que vi durante o dia de natal e que adorei. Dá-nos uma perspectiva bastante realista do final da dinastia Romanov e fiquei com muita curiosidade para saber mais sobre a história da Rússia daquele período.

 

ÁLBUNS DO ANO

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Neste departamento, para mim, também não há dúvidas e destaco os três álbuns que mais ouvi durante este ano: The Nothing, dos Korn, Macro, dos Jinjer e We Are Not Your Kind, dos Slipknot. Dois grandes regressos de dois dos maiores nomes do Metal e um álbum de uma banda menos conhecida, mas que deve estar aí a rebentar, porque são mesmo bons. Slipknot vi este ano no VOA, em Julho e Korn irei ver, claro, no VOA do próximo ano.

 

MELHORES... ALEATÓRIOS

 

Bullet Journal - Esta não foi bem uma descoberta, porque já conhecia este método antes, mas só este ano decidi aplicar o método de organização e planeamento do meu dia-a-dia através do Bullet Journal. Com ele parece que tenho a minha cabeça mais organizada e fazer os spreads é quase terapêutico, porque posso adaptar tudo à minha medida, de acordo com as minhas necessidades. É agenda, registo de finanças, de hábitos, de leituras, é o que quiserem que ele seja. Se quiserem que eu faça um post sobre o Bullet Journal, digam nos comentários!

 

Viver sozinha - Comecei a viver sozinha o ano passado, mas este foi o primeiro completo que passei sozinha. Com férias, com todas as estações do ano, saudável e doente, onde descobri os prazeres de viver sozinha, mas também a solidão que pode vir daí muitas das vezes. Ri às gargalhadas, chorei como se fosse o fim do mundo, cantei à desgarrada, andei nua pela casa, sentei-me no chão a ver TV, dormi até às tantas e passei noites em claro. É tudo bom, é tudo aprendizagem, aprendemos a contar mais connosco porque os outros, por circunstâncias várias, podem não estar sempre lá para nós. Não trocava isto por nada!

 

VOA Heavy Rock Fest - Foi um festival de metal, o primeiro de seu nome, e o único a que fui este ano. Mas, acreditem, valeu por muitos! Pelas bandas, pelas pessoas que conheci e com quem estive, por aqueles dois dias intensos a todos os níveis, que ainda por cima calharam no meu dia de anos! Há muito tempo que não tinha uma "festa de aniversário" tão prazerosa como a deste ano!

 

E, posto isto, aguardem o meu post de planos para a passagem de ano... sozinha!

 

17 de Dezembro, 2019

Inspira, Expira - Ou, como não respirar durante 8 horas

D.M.

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Imaginem que acordam, de manhã. Inspiram e expiram livremente, sem qualquer dificuldade. E de repente lembram-se que, daí a sensivelmente 1h, vão estar no vosso trabalho. Aquele de que não gostam, que vos oprime, que já nem sequer as pessoas valem a pena, que já deu o que tinha a dar, que vos afixia. Literalmente. E é aqui que começa a minha metáfora.

Vou 1h a mentalizar-me que vou passar as 8h seguintes a suster a respiração. A fingir que me importo, a sorrir para disfarçar, a olhar para o chão para não repararem em mim. Sustenho a respiração, quase fico roxa, afinal 8h é muito tempo e não é susposto pararmos de respirar durante tanto tempo. Mas faço-o, porque, por enquanto, não tenho outro remédio. E findas essas 8h, saio e posso finalmente respirar. Mas não o faço. Não de uma maneira normal, porque depois de 8h sem respirar, passo as horas seguintes ofegante, a tentar engolir o ar que me foi negado durante tanto tempo. Por isso a respiração é descompassada, sôfrega. Quase que dói. Mas dói mais não respirar. Chego a casa, dispo todas as minhas capas, todas as minhas máscaras e posso respirar em paz. Sossegada. Para daí a uma dúzia de horas começar tudo outra vez.

 

10 de Dezembro, 2019

As alterações de humor de quem tem Transtorno de Personalidade Borderline

D.M.

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(imagem da autoria de Gemma Correll)

Querem saber como funcionam os humores e o padrão de pensamento de alguém com TPB? Aqui têm a sequência de acontecimentos:

 

Discussão com a colega - pensar que ela é uma cabra, que já nem posso olhar para a cara dela. Odeio-a! - Começar a ver oportunidades de emprego fora da academia - Querer desistir de tudo e ir trabalhar para uma livraria - Achar que não sei fazer mais nada - Ficar fula da vida com tudo - Mandar umas piadas à colega - Pensar que afinal isto não é assim tão mau - Sentir que até estou bem aqui - Decréscimo de energia e parecer que fui atropelada por um comboio - Sentir-me deprimida - Só ter vontade de chegar a casa e comer um pacote inteiro de doritos.

 

Tudo no espaço de uma hora.

 

É isto, meus amigos. Adeus e até amanhã.

06 de Dezembro, 2019

Trabalhar na Academia #2

D.M.

Às vezes dou graças aos céus por trabalhar sozinha numa sala. Porque se trabalhasse na mesma sala que a minha colega, tinhamos o caldo entornado.

 

O trabalho em grupo é importante, sem dúvida. Mas a individualidade de cada um, o respeito pelo espaço e pelo tempo de cada um, é tão importante como o colectivo - e é muito, mas MUITO, subvalorizado.

 

E se não fosse isto, hoje a conversa tinha azedado e se calhar ainda estaríamos as duas a gritar uma com a outra a esta hora.