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Psico Coisas

Saúde Mental | Vida de Solteira | Filmes | Livros | Memes | Já disse saúde mental?

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Saúde Mental | Vida de Solteira | Filmes | Livros | Memes | Já disse saúde mental?

30 de Outubro, 2019

Quando a depressão nos prende à cama... Dicas para nos conseguirmos levantar

D.M.

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(imagem daqui)

 

Há alturas em que as mínimas coisas parecem esforços hercúleos. Levantar da cama, comer, lavar os dentes, ir despejar o lixo à rua, entre outros. Não é preguiça, não é um simples "não me apetece". É depressão mesmo. Há alturas em que os estados depressivos nos ganham aos pontos e não há muito a fazer a não ser esperar e deixar que passe. Mas há algumas coisas que podem ajudar a que nos sintamos nós próprios, mesmo que não seja a 100%. Venho partilhar convosco algumas coisas que me ajudam, mas atenção: elas funcionam comigo, não quer dizer que funcionem com todas as pessoas. Além disso, é importante também saberem que nem sempre tenho forças para fazer tudo isto que aqui digo - às vezes consigo fazer uma das coisas e já me sinto uma vencedora. E é só isso que é preciso quando estamos assim: uma coisa de cada vez, um passo de cada vez e celebrarem as vossas pequenas grandes vitórias quando a nossa mente pesa de tal forma que nos deixa colados à cama ou ao sofá sem vontade ou força de fazer nada. Por isso, aqui ficam algumas coisas que funcionam comigo.

 

  1. Tomar banho - Nos meus piores momentos, todo o ritual pré-banho e todo o banho em si, parecem-me esforços de tal forma grande que prefiro não tomar banho de todo. Mas o facto é que, quando me forço a fazê-lo, sinto-me muito melhor a seguir. Sinto-me como uma pessoa, em vez de me sentir um monte de cócó. Melhora logo o meu humor e dá-me energia para conseguir fazer mais alguma coisa. E mesmo que não faça mais nada durante o dia todo, o facto de ter conseguido tomar banho ajuda-me a ganhar alguma confiança.
  2. Skincare - Adoro cuidar da minha pele. Tenho vários cremes, máscaras, séruns, produtos de limpeza, etc, e tenho sempre uma rotina de manhã e de noite. Mas quando estou lá em baixo, pode cair-me a cara que eu não tou nem aí. Por isso, aliado ao banho, a seguir cuido da minha pele. Se conseguir tomar banho nesse dia (que já é uma vitória) a seguir atiro-me aos cuidados de pele. É quase automático. E não preciso de fazer as 1001 coisas que costumo fazer. Se conseguir pôr nem que seja só um creme hidratante, já me dou por feliz. E estas duas coisas, o banho e o skincare, para mim, são como se o meu "eu" não deprimido estivesse a cuidar do meu "eu" deprimido. Sou eu a cuidar de mim e a tornar as coisas mais fáceis e confortáveis para mim.
  3. Trocar de roupa - Se não conseguir tomar banho, tento pelo menos trocar de roupa para não andar de pijama o dia todo. Porque há uma diferença entre "é domingo, vou andar o dia todo de pijama!" e "não tenho forças sequer para mudar de roupa". Mudar do pijama para, digamos, um fato de treino faz uma diferença brutal no meu estado de espírito.
  4. Arrumar/Limpar a casa - Parece que me estou a contradizer, mas é verdade. Depois do banho e dos cremes, ganho alguma energia e se tiver coisas para arrumar ou limpar, faço-o. Não preciso de arrumar e limpar a casa de uma ponta à outra até ficar tudo imaculado. Mas pequenas coisas ajudam a trazer uma ordem que, na minha cabeça, não existe. O facto de eu estar a pôr a minha casa em ordem acaba por me acalmar e faz-me sentir que a ordem que eu não consigo pôr na minha cabeça, consigo fazê-lo na minha casa. É terapêutico.
  5. Escrever - Eu adoro escrever e sempre tive diários desde miúda. Continuo a tê-los e quando estou assim ventilo para lá. Porque naquele caderno não me julgam, não me fazem perguntas, posso escrever tudo o que eu quiser na linguagem que eu quiser, por mais desconexa que possa ser. Ajuda a desenrolar o novelo de emoções e pensamentos que, naquele momento, me mantêm refém de mim mesma. Para outras pessoas pode resultar pintarem, desenharem, tocarem um instrumento...
  6. Dançar - Lembram-se da Anatomia de Grey? Para quem sabe, está tudo dito. Para quem não sabe, pode ver aqui: quando tudo começou e o mais recente. Mexam-se. É meio caminho andado para se sentirem melhor.
  7. Instagram - Ah, se soubessem o ânimo que, às vezes, fazer scroll pelas minhas páginas favoritas do instagram me dá... Às vezes motivam-me para sair de onde estou e fazer alguma coisa, seja cozinhar, ler, reorganizar as minhas estantes de livros, ver filmes que já nem me lembrava...
  8. Ver filmes/séries - A seguir à música, conseguem ser das coisas mais catárticas. Algumas das séries que vejo e revejo nestes momentos, porque me dão a segurança de já saber o que vai acontecer e porque consigo, de alguma forma, ligar-me a essas histórias, são Shameless, Anatomia de Grey e O Sexo e a Cidade. Outra que me ajuda porque me faz rir é Uma Família Muito Moderna. Já filmes, das duas uma: ou vejo filmes mais a pender para o triste, ou filmes que é só porrada e explosões. Ainda há dias soube-me tão, mas TÃO bem rever o primeiro John Wick com o Keanu Reeves. Matam-lhe a cadela e ele passa-se da marmita - acho perfeitamente justificável.

 

Se não conseguirem fazer nada disto, não se preocupem. Não faz mal. Há alturas em que só consigo fazer uma coisa destas ou nenhuma também e não me martirizo por isso. Estamos na merda, temos direito a lá estar e a sentir tudo o que sentimos. Há dias em que não dá para mais e temos de nos pôr o mais confortável possível e deixar que a onda passe. 

Ainda assim, acho que é importante e ajuda estabelecermos uma rotina para estes dias. Vocês sabem o que vos ajuda a sentirem-se bem, por isso façam uma lista de todas essas coisas e, de alguma forma, obriguem-se a fazer nem que seja só uma delas nesses dias. Vai ajudar-vos imenso e é um passo para conseguirem sair da fossa. Sejam bondosos convosco, tenham paciência e dêem-se um desconto nesses momentos.

 

Deixo-vos aqui também alguns sites com dicas e ideias que podem adoptar e que podem ser muito úteis:

How to get out of bed when depression is keeping you down

How to get out of bed when you're depressed

24 Things to do when depression won't let you get up in the morning

22 de Outubro, 2019

Pais e Filhas - Quando as coisas falham

D.M.

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A relação entre pai e filha é das mais importantes na vida de uma mulher. É a primeira figura masculina com quem estabelecemos uma relação de afecto. É a relação que estabelecemos com ele que irá ditar, de alguma forma, a maneira como nos relacionamos com outros homens e com o mundo. É esta relação que molda a nossa auto-estima, a imagem que temos de nós próprias, mas também a imagem que temos de outros homens - seja na família, amigos, colegas, namorados.

 

Há umas consultas atrás com a minha terapeuta, disse-lhe que ainda hoje tenho dificuldade em demonstrar carinho pelo meu pai. Não o abraço, não lhe dou beijinhos de livre vontade, não lhe digo que gosto dele. E quando olho para a minha irmã mais nova e vejo que ela não tem qualquer problema em fazê-lo e lança-se de braços abertos para o meu pai, é inevitável eu pensar: "Mas será que se passa algo de errado comigo?". Surgem sentimentos de culpa e de vergonha - afinal é meu pai, nunca me tratou mal, nunca deixou que me faltasse nada.

 

Só que faltou.

 

Volta e meia este tema surge nas sessões de terapia e quando lhe contei isto ela pediu-me para eu mergulhar mais fundo e pensar no porquê disto, afinal tudo tem uma razão de ser. E acho que a encontrei: ele nunca me reconheceu. Nunca se deu ao trabalho de conhecer a pessoa que, de facto, sou. Nunca tentou chegar a mim para além da superfície. Por medo? Por inércia? Por alheamento? Não sei, mas também não interessa agora. E quando me apercebi disto, senti-me profundamente defraudada e sozinha. Senti uma ausência cá dentro, uma falta que nunca será colmatada, como se me faltasse um pedaço. O que ele deu e dá não me chega. E ele nunca verá isso.

 

Poderia entrar em pormenores sobre coisas concretas que ele fez, ou não fez, mas penso que não vale a pena. O facto é que ele é alguém muito pragmático e o bem-estar de alguém passa por ter comida na mesa, um tecto, saúde, educação e sou muito grata, claro, por nunca me ter faltado nada e pelo facto de os meus pais terem financiado a minha educação SEMPRE, ajudando-me inclusive no mestrado e doutoramento. Mas não é disto que se alimentam as relações humanas. Uma parte da minha carência emocional vem, com toda a certeza, desta falta que ele me fez. Da incapacidade dele de ver para além da superfície, de não saber e de não querer saber de que sou feita. Lembro-me de, passados estes anos todos, de ele de vez em quando me perguntar se a minha ansiedade é uma fase que já passou. Faz-me confusão ele nunca ter procurado saber mais sobre o que é isto da ansiedade. Já não falo do resto que ele nem sequer imagina, mas custa muito ir ao google pesquisar?!

 

Por isso, pais que tenham filhas: tentem sempre chegar a elas. Amem-nas. Confortem-nas. Perguntem o que se passa, não esperem que elas venham ter convosco. E se vos disserem que não se passa nada, digam-lhes e mostrem-lhes que estarão sempre lá para as ouvir sem julgamento. Peçam desculpas. Admitam os vossos erros, porque todos somos humanos e erramos - a parentalidade não vem com um manual de instruções e ninguém é perfeito. Mostrem as vossas vulnerabilidades, liguem-se a elas dessa forma. Interessem-se pelas coisas que, para vocês, podem ser as mais insignificantes, mas que para elas podem ser as coisas mais importantes do mundo. Olhem nos olhos. Aprendam e ensinem. Dêem para poderem receber também. Nunca cobrando. Porque o laço de sangue não é um salvo conduto nem garantia de amor. Tudo se constrói. Até as relações entre pais e filhos.

18 de Outubro, 2019

Solteira depois dos 30

D.M.

"Ai meu deus, que tens 34 anos e ainda estás solteira!" - Muitos não o dizem, mas pensam, que eu sei.

 

Todos os meus amigos e colegas estão casados e com filhos - ou prestes a tê-los, ou a pensar em tê-los. E aqui moi-même continua solteira sem qualquer pretensão de seguir o mesmo percurso que eles. A primeira sensação é de que estamos a ficar para trás. Parece que os outros estão a seguir as suas vidas, a alcançar determinados patamares a que nós, solteiros, não estamos a chegar. O que se passa comigo? O que será que estou a fazer mal? Inevitavelmente, é isto que pensamos de quando em vez, porque se criou este mito de que temos de ser, de fazer ou de ter determinadas coisas para sermos considerados membros íntegros da sociedade e com sucesso pessoal e profissional demonstrado e certificado.

 

Tretas.

 

Tal como não há nada de errado em casar, ter filhos, comprar casa, etc., também não há nada de errado em não querer ter filhos, não querer casar ou não ter chegado ainda a essa fase aos 30 anos. Ou aos 40. Ou aos 50. Não há nada de errado e chegar aos 30 e ainda não saber o que se quer fazer da vida, ou não ter um emprego estável (vamos não falar da precariedade do emprego jovem e do quão difícil as coisas estão nessa área, sim?!), ou ainda não ter comprado casa, ou de não querer tirar a carta de condução, ou o que quer que seja que a sociedade e os nossos pares nos imponham como "normal".

 

O facto é que nunca fui "normal" na vida. E se durante muitos anos penei por isso, tentando mais ou menos adaptar-me para sentir que pertencia a algum lado, neste momento já não me preocupo com isso. Sou solteira? Sou. Sem problemas. Tenho casa própria? Não. Mas tenho o meu canto. Sou independente? Sou. O meu sucesso é medido por mim mesma, pelas coisas que EU vou conquistando e que sei que me custaram e o quanto trabalhei para elas. Pode ser uma viagem, uma ida a um festival, jantar num sítio que gosto sozinha. Podem ser mudanças de padrões na minha vida, mudanças na forma de pensar, de impor a minha presença no mundo, de me valorizar, fazer notar e respeitar.

 

Ser solteira depois dos 30, por algumas pessoas, é considerado quase uma anomalia, uma ameaça aos que já têm as vidas todas arrumadinhas. Principalmente se formos mulheres, acho que com os homens isso não acontece tanto. Eu sinto que, de alguma forma, em alguns momentos sou posta de parte - não tenho pachorra para falar das receitas da bimby, ou dos detergentes para a roupa, ou de partilhar conversas sobre tarefas domésticas. Não tenho matéria para discutir quando falam das férias com os maridos e os filhos, ou das escapadinhas românticas, ou daquela birra que o filho fez ou do milestone que ele alcançou. Já me senti pior por isto, agora tento perceber que não fazem por mal, cada um fala das suas realidades e aquelas não são as minhas. Há momentos em que me sinto melhor, há momentos em que me sinto pior, até porque às vezes há uma certa condescendência por parte dos outros a olhar para nós como "coitadinhos" e isso deixa-me possuída. Por consequência, ninguém me pergunta como estou. Afinal, não tenho problemas na vida porque estou sozinha, certo?

Errado.

Mas falarei disso noutra altura.

 

Por isso, celebrem o que conquistaram, o que é vosso e o que vocês são. Relaxem, vai tudo correr bem!

14 de Outubro, 2019

Das relações humanas e de estar sozinha

D.M.

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No sítio onde trabalho tenho apenas uma colega que trabalha comigo. Antes de entrar para lá já éramos amigas e o facto de passarmos a trabalhar juntas foi óptimo: ajudávamo-nos mutuamente, o ambiente era mais leve, descontraído, cuidávamos das ansiedades uma da outra, motivávamo-nos mutuamente, partilhámos momentos muito bons que nos fizeram crescer.

 

Até há uns meses.

 

Houve uma quebra. Passou a haver uma frieza, distanciamento e até desprezo da parte dela, sem eu saber porquê. Mesmo depois de a confrontar (que é coisa que odeio fazer) e de ela me dizer o que se passava e eu ter pedido desculpas (mais para amenizar a situação do que por achar que tinha feito alguma coisa má), o tratamento continua igual. Sou mais uma colega do que amiga, toda a nossa comunicação é estritamente nesse sentido. Se me sinto triste com a situação? Claro. Afinal, julgava-a minha amiga. Mas com isto também aprendi muito.

 

Sinto-me mais independente e liberada. Empoderada. Não espero nada dela e, por isso, não me desiludo. Sinto-me confiante e sem culpa, porque sei que não errei. Se me sinto sozinha? Claro que sim. Mas não vou mendigar por migalhas, migalhas essas que a outra pessoa nem está disposta a dar. Mereço mais do que migalhas e vou investir mais em mim porque, ao fim do dia, é somente com essa companhia com que posso contar.

 

Por isso vou experimentar os restaurantes que me apetece - sozinha. 

Vou dar passeios por Lisboa, sem hora de voltar a casa - sozinha.

Vou enfiar-me numa livraria durante horas, perdida no meio dos livros - sozinha.

Vou escrever, vou ouvir música, vou chorar, vou rir, vou dançar em casa - sozinha.

 

E este "sozinha" não é "olhem para mim, coitada, que estou tão solitária...". Sim, às vezes torna-se bastante solitário e às vezes só queria ter alguém à minha espera em casa ao fim do dia, em quem me pudesse encostar, contar o meu dia e que me dissesse "vai correr tudo bem, eu estou aqui". Mas não tenho. E não me vou lamuriar por isso (a não ser nesses momentos, porque uma pessoa não é de ferro e também tem direito!). Vou celebrar tudo aquilo que me faz bem, mesmo sem companhia, porque é assim que me construo. É assim que me valorizo e que me dou importância. É assim que vou mais segura, forte e confiante para novas relações humanas que possam vir. Sem ter de depender de ninguém para aprovação, para validação daquilo que sou, que quero e que gosto. E isto é tão importante. Durante muito tempo estive lá para essa minha amiga, sempre a apoiar, a amparar, a oferecer colo, a querer saber mesmo quando ela não sabia que precisava de falar. Mas isso acabou. E vocês podem pensar "Credo, até parece que ela só tem uma amiga!". Caríssimos, posso dizer, com toda a certeza do mundo, que tenho 3 amigos. E agora passei a dois. O resto são colegas, conhecidos, pessoas com quem me dou super bem e com quem gosto de estar. Mas não são amigos.

 

E com isto quero dizer: nunca se percam. Nunca se esqueçam de quem são. Não se verguem aos gostos e vontades dos outros. Façam mais coisas que gostem sem se importar com o que os outros possam dizer ou pensar. Vivam cada vez mais a vossa verdade. Sem medos. Sem compromissos, a não ser com vocês próprios. Porque esse é o mais importante de todos. 

12 de Outubro, 2019

Novidades!

D.M.

Como já repararam, o layout do blog mudou. E digo-vos já que não sei se vai ficar assim, que ainda estou a investigar os templates, as cores, o tipo de letra e todas essas coisas mais ligadas ao design da página em que gosto de investir algum tempo.

 

Para além do design da página, decidi tornar este blog mais pessoal (sim, como se falar da nossa saúde mental não fosse nada pessoal...). Ou seja, decidi que vou continuar a partilhar tudo aquilo que quero relacionado com a minha saúde mental, as minhas experiências, partilhar artigos que vejo noutro sítios, etc., mas também quero partilhar um pouco do meu mundo. Dos livros que leio, dos passeios que dou, das ideias que me passam pela cabeça, das situações mais ou menos caricatas que me passam à frente, dos filmes e das séries que vejo. Agrada-vos? 

 

Acho que o tema da saúde mental tem e deve ser discutido e continuará a sê-lo. Mas agora terá outro contexto, porque atrás deste blog está uma pessoa que é mais do que tudo isso. Por isso, vai ser um espaço para onde eu venho ventilar, dissertar, mandar uns bitaites e partilhar o que me apetece. E isso podem ser coisas tão simples como: para quê gastar dinheiro em saunas, quando se pode andar num comboio da CP, à hora de ponta, sem ar condicionado? True story...

 

Bom, fico-me por aqui e vamo-nos vendo!

10 de Outubro, 2019

Pois que tenho andado (muito) desaparecida...

D.M.

... Mas estou aqui! Como diriam os Simple Minds: "alive and kicking"! 

 

Quatro meses depois do meu último post, espero conseguir vir aqui mais vezes actualizar este cantinho que é tão especial para mim. A verdade é que entre o trabalho, o doutoramento (espero eu nos finalmentes!) e todas as outras coisas que gosto/tenho de fazer, muito pouco tempo me tem sobrado para redes sociais, blog e afins. Mas este espaço não está esquecido! Às vezes a vida acontece e, quando assim é, temos de a viver o melhor possível.

 

Não foi de propósito, mas hoje até é o Dia Internacional da Saúde Mental por isso, só por hoje: façam alguma coisa por vocês, para bem da vossa sanidade, do vosso bem-estar, da vossa paz interior. Tantas vezes deixamos estas coisas "para amanhã", ou para quando tivermos tempo, ou para o fim-de-semana... Façam HOJE. Tirem nem que seja 10 minutos do vosso dia, fechem os olhos e deixem-se estar. Deixem-se ser. Meditem. Ouçam música. Apreciem o silêncio da vossa casa. Leiam um livro. Vão ao cinema. Vejam um episódio da vossa série favorita. Dêem um passeio. Estes momentos são tão importantes e passam-nos tanto ao lado...

 

E lembrem-se disto: são mais fortes do que pensam! Já chegaram até aqui, não foi? A aguentarem sabe-se lá o quê, vocês ainda estão aqui, venceram todas as probabilidades. São lutadores e já são vencedores. E eu sei o quanto custa, o quanto dói e o quanto às vezes estão cansados. Eu sei, porque às vezes eu também estou. Mas um dia de cada vez e amanhã estaremos todos cá para ver o que a vida nos reserva. 

 

Um abraço a todos!